Após um ano sem notificações de caso de sarampo, o Ceará foi
reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como área de “sustentabilidade na interrupção da cadeia
de circulação do sarampo”. “Só temos a parabenizar o Ceará por ter alcançado
esta importante meta. Que sirva de exemplo para outros estados e países da
América Latina”, citou Merceline Dalh-Regis, presidente do Comitê de
Sustentabilidade do Sarampo, d a OMS/Opas, em reunião com o governador Camilo
Santana nesta quarta-feira (20).
A comissão da OMS, que conta ainda com técnicos do
Ministério e da Secretaria da Saúde, fez a entrega da certificação. “Esse foi
um trabalho em equipe, com uma parceria muito forte principalmente com os
municípios. Graças ao esforço conjunto, conseguimos alcançar essa importante
meta. Mesmo assim, o trabalho de vigilância deve ser contínuo”, disse o
governador Camilo Santana.
Em setembro do ano passado, durante evento em Brasília, o
Ministério da Saúde já havia anunciado a erradicação do sarampo no Ceará. Porém,
para obter o certificado de sustentabilidade da interrupção da doença, a OMS
leva em consideração o período de um ano do último caso, registrado no estado
em 6 de julho de 2015.
“Caso não houvesse esse importante movimento integrado no
Ceará, com certeza hoje não estaríamos tendo esse êxito para combater o
sarampo. Para mim, era um desafio pessoal interromper esse ciclo e só temos a
agradecer ao Governo do Ceará pelo trabalho”, afirmou a coordenadora do
Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
O secretario da Saúde do Estado, Henrique Javi, citou ainda
a importância do envolvimento da população na vacinação contra a doença. “Esse
é um momento muito especial para o Ceará. Completamos um ano da data em que
eliminamos a cadeia de circulação do sarampo. Isso foi possível também graças
ao envolvimento fundamental da população e dos municípios”.
Evento
Durante a manhã desta quarta-feira, em Fortaleza, os
representantes da OMS/Opas e Ministério da Saúde participaram de encontro com
autoridades locais e nacionais da saúde para avaliar a situação do sarampo e da
rubéola no Brasil. Na ocasião foi atestada a sustentabilidade da interrupção do
sarampo no Estado.
Além dos integrantes da comitiva da CIE, que ainda inclui o
chefe da Unidade de Imunizações da OPAS-WDC, Cuauhtemoc Ruiz Matus, e as
consultoras regionais da OPAS para o sarampo em Washington, Desiree Pastor e
Pamela Bravo, participam da reunião a presidente do Comitê Nacional de
Eliminação do Sarampo e Rubéola (CNE), Rosane Will, a coordenadora-geral do
Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (CGPNI/MS), Carla
Domingues, o coordenador-geral de Doenças Transmissíveis (CGDT/MS), Sérgio
Nishioka, e a representante da Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida da
área de imunopreveníveis da OPAS, Samia Samad, que participaram e colaboraram
para a interrupção da epidemia de sarampo no Ceará.
Com Sesa
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