O conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica
registrou inflação de 4,29% em Fortaleza no mês de julho. A inflação no preço
da cesta básica na capital cearense foi influenciada pela alta de 10 itens,
destaque para os preços do feijão (16,82%), do tomate (11,28%), da farinha
(7,33%) e do leite (5,97%). O principal item da alimentação do Ceará, o feijão
sofreu variação de 149,11% em seis meses.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica
divulgada nesta quinta-feira (4), pelo Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A alta nos preços dos produtos da cesta básica fez com que
um trabalhador, para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas
para a composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 403,38.
Considerando o valor e, tomando como base o salário-mínimo
vigente no país de R$ 880,00, o
trabalhador teve que desprender 100 horas e 51 minutos de sua jornada de
trabalho mensal para adquirir os 12 produtos que compõem a cesta. O gasto com
alimentação de uma família padrão – formada por dois adultos e duas crianças -
foi de R$ 1.210,14.
Semestral e anual
De acordo com a pesquisa, a cesta básica em Fortaleza teve
variação semestral e anual básica, de
9,42% e 21,20%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em
julho de 2016 (R$ 403,38) está mais cara do que em janeiro de 2016 (R$ 368,64)
e mais cara do que Julho de 2015 (R$ 332,82).
No semestre, os produtos que sofreram maior elevação nos
preços, foram o feijão (105,44%), a manteiga (42,61%), a farinha (29,12%) e o
leite (22,52%). Os itens que apresentaram redução nos preços foram o tomate
(-23,05%) e a carne (-3,88%).
Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a cesta
básica, os que sofreram maior elevação nos preços, foram: o feijão (149,11%), a
farinha (60,22%), a manteiga (59,57%), o açúcar (55,98%), e o leite (40,21%). O
único produto que apresentou redução no preço foi o tomate (-17,65%).
Comportamentos dos preços
No mês de julho, houve predominância de alta no preço do
leite, arroz, feijão, manteiga e café em pó. Já a batata, pesquisada na região
centro-sul, óleo de soja e tomate tiveram o valor reduzido na maior parte das
cidades.
O quilo do arroz ficou mais caro em 26 cidades pesquisadas,
com exceção de Salvador, onde seu preço não variou. As taxas oscilaram entre
0,98%, em São Luís e 24,04%, em Boa Vista. Entre os motivos da alta estiveram a
demanda aquecida das indústrias e a baixa oferta. Os produtores seguiram
vendendo pouco e mantendo o estoque, com a expectativa de maior aumento de
preço.
O preço do feijão continuou em alta, com variações positivas
em 25 das 27 capitais. As taxas
verificadas para o tipo carioquinha, pesquisado nas regiões
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, variaram entre
5,00%, em Goiânia, e 30,68%, em São Paulo.
O preço da manteiga também subiu em 25 capitais, com
destaque para Vitória (14,47%), Manaus (12,20%), Salvador (10,63%) e Brasília
(10,02%). A demanda de leite por parte das indústrias de laticínios elevou
ainda mais o preço dos derivados lácteos.
Do G1 CE
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