A conquista acabou com qualquer desconfiança que existia em
cima da brasileira. Se sempre pairou a dúvida sobre a questão psicológica, com
algumas competições extraordinárias e outras com um desempenho muito abaixo do
esperado, agora a situação pode mudar. Rafaela disputou cinco lutas de forma
constante, focada e sem se intimidar com a pressão.
A alemã Miryam Roper, a sul-coreana Jandi Kim, a húngara
Hedvig Karacas, a romena Corina Caprioriu e a mongol Sumiya Dorjsuren ficaram
para trás. A húngara, aliás, foi a mesma adversária que deixou a atleta pelo
caminho em Londres-2012 após a eliminação por um golpe ilegal.
O fator casa também parece ter ajudado, e muito. Não apenas
pelo apoio da torcida, que enlouqueceu nas cadeiras da Arena Carioca 2. Na
verdade, a judoca do Brasil se sente muito bem quando compete no país,
principalmente no Rio de Janeiro. Já tinha sido assim em 2013, com a conquista
do título mundial justamente na capital carioca, no Maracanãzinho.
O nível de concentração de Rafaela durante todos os combates
chegou a impressionar. Em nenhum momento ela pareceu ansiosa. Com tranquilidade
foi passando por cada adversária, sem também se empolgar com a comemoração do
público. A semifinal até valeria um capítulo a parte após um pouco mais de três
minutos de luta apenas no Golden Score.
Realmente, Rafaela teve um desempenho impressionante na
Arena Carioca 2 nesta segunda-feira. De entrar para a história. E calar para
sempre aqueles que tanto a atacaram em 2012.
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