Falta água na cidade de Avaré, interior de São Paulo (Foto:
Ana Laura Holtz / G1 Itapetininga)
Está em fase de consulta pública a revisão da meta de
redução de consumo da Tarifa de Contingência aplicada pela Companhia de Água e
Esgoto do Ceará (Cagece), que deverá passar de 10% para 20%. A consulta
acontece no site da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado
do Ceará (Arce) e presencialmente na terça-feira (9), às 10h, na sede da
agência. A consulta pública segue até o dia 13 de agosto.
Pela nova regra, a meta para aplicação da Tarifa de
Contingência é o consumo médio do período de outubro de 2014 a setembro de 2015
reduzido em 20%, ou seja, a 80% da média de consumo dos doze meses
considerados. Após autorização, a Cagece publicará comunicado informando a
população sobre a nova meta de consumo e sobre o prazo de 30 dias para a sua
aplicação.
A tarifa de contingência é aplicada aos clientes da Cagece
que não reduzirem o consumo de água, conforme meta definida. O mecanismo tem
por objetivo estimular a redução do consumo de água durante período de escassez
hídrica.
Economia
A revisão na meta de consumo para cobrança da Tarifa de
Contingência faz parte das ações apresentadas pelo Governo do Estado no Plano
de Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). o plano que
tem por objetivo reduzir em 20% o consumo de água do sistema integrado de
abastecimento até a próxima quadra chuvosa e evitar o racionamento.
O reflexo da falta de chuva está nos açudes que abastecem os
municípios. No Ceará, dos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh), 125 estão com capacidade de armazenamento abaixo de
30% e apenas dois estão com mais de 90% da capacidade. Juntando o volume das 12
bacias que abastecem o estado do Ceará, o volume de água armazenado no estado
está em 11,3%.
O açude Castanhão, que abastece a Grande Fortaleza, chegou a
pior nível desde que foi construído: 7,66%. A causa do baixo volume são os
cinco anos seguidos de chuvas abaixo da média. Em 2016, as chuvas no primeiro
semestre ficaram 25% abaixo da média histórica no Ceará, de acordo com a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos.
Em julho, a água do açude Orós, na Região do Jaguaribe,
passou a ser transferida para o Castanhão, a fim de é garantir o abastecimento
de água na região mais populosa do Ceará durante o período de crise hídrica, de
acordo com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos.
Do G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário