sexta-feira, 3 de junho de 2016

Governador do CE pede a ministério mais agentes da Força Nacional

                       Camilo Santana e o ministro Alexandre de Moraes, em reunião em Brasília (Foto: Isaac Amorim/Ministério da Justiça)

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), em reunião com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, solicitou recursos para a recuperação dos presídios no estado e mais homens da Força Nacional de Segurança. O encontro aconteceu em Brasília nesta quarta-feira (1º). Camilo pediu ainda a permanência da tropa no estado além do prazo já estimado de 15 dias.

Os pedidos estão sob análise do ministério da Justiça, segundo informou o governo estadual. Mais de 100 agentes estão no Ceará há uma semana, a pedido do governador, devido ao agravamento da situação no sistema penitenciário cearense.

Nesta quarta-feira, o secretário da Justiça e Cidadania, Hélio Leitão, declarou que 120 dias é o prazo máximo para a recuperação das unidades prisionais destruídas durante as rebeliões que ocorreram no fim de semana de 21 e 22 de maio. A informação foi repassada durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará.
Recuperação
O custo da recuperação de cada unidade é de R$ 1,5 milhão, considerando apenas a estrutura física. Neste cálculo não estão incluídos custos com vigilância eletrônica, laboratórios odontológicos e consultórios médicos, por exemplo.

No total, 49 presos fugiram, 25 foram recapturados e 24 permanecem foragidos desde o início da crise. A Sejus confirmou a morte de 18 presos durante as rebeliões ocorridas nos presídios cearenses no fim de semana.
Responsabilidade
No dia 24,  o governador Camilo Santana responsabilizou o comando da greve dos agentes penitenciários pelos recentes episódios de rebeliões, conflitos e mortes ocorridos nos presídios durante o fim semana. Segundo Camilo, os agentes impediram as visitas aos presos, o que causou revolta entre os detentos.

"Houve responsabilidade do comando de greve para impedir as visitas, tem áudio, está gravado. É tanto que nos presídios que não houve problema de visita ocorreu tudo normal. Quando os presos ficaram sabendo que estavam proibindo as visitas de entrar, isso causou um pânico e aí começou a rebelião. Isso vai ser apurado, é obrigação do Estado", relatou.
Destruição
Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-CE), visitaram as instalações da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CCPL II) e Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Penitenciário Elias Alves da Silva (CCPL IV), no domingo (29), para verificar os estragos.

O presidente da Comissão de Direito Penitenciário da OAB-CE, Márcio Vítor Albuquerque, disse que tem presídios destruídos e que o trabalho de reconstrução deve vai demorar para ser concluído. "A parte que nós entramos, nós detectamos que a enfermaria, a clínica médica, a sala das assistente social, onde ficam os agentes penitenciários, isso tudo está destruído. Nós detectamos isso na CCPL 2 e 4", relatou.

Do G1 CE

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