quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Cearense criador de projeto no Complexo do Alemão é vencedor do Prêmio Extraordinários na categoria Superação


Cearense criador de projeto no Complexo do Alemão é vencedor do Prêmio Extraordinários na categoria Superação
Wal Schneider (de verde) venceu na categoria superação
O cearense Wal Schneider chegou ao Rio, de carona num caminhão de melão, com o sonho de ser ator. Foi muito além. Não apenas conquistou seu objetivo, mas passou a ajudar crianças e jovens do Complexo do Alemão a sonharem mais alto. Wal Schneider foi o vencedor do Prêmio Extraordinários, na categoria Superação, promovido na noite desta terça-feira, no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico, pela criação o Centro Cultural Atriz Chica Xavier, onde além de um palco para a prática do teatro, construiu uma biblioteca com 2 mil livros. Em oito anos, o projeto No Palco da Vida já atingiu 1.600 pessoas. O evento é realizado pelo EXTRA, em parceria com o AfroReggae, e patrocínio da Fetranspor, do Detran e também da Petrobras.
— Há 20 anos subi num caminhão de melão com o coração partido, morrendo do que queria, não teve erro. Prometi que, se eu conseguisse alcançar meu sonho, ajudaria o máximo de pessoas a também tocarem seus sonhos - disse Wal, num discurso emocionado no palco.
Além de Wal Schneider, os vencedores das outras sete categorias — cujos nomes já haviam sido anunciados — subiram ao palco. Esses heróis do dia a dia foram eleitos por um júri formado por jornalistas e representantes da sociedade civil.

Educação - Após encontrar um livro num lixão no Complexo do Alemão, Otávio Junior se inspirou e passou a promover a leitura na comunidade, o que lhe rendeu o apelido de O Livreiro do Alemão. Hoje tem o projeto Ler é 10 — Leia Favela, que atende 300 crianças.
Cultura - O projeto Cineminha no Beco, criado por Bhega Silva, é o primeiro contato de muitas crianças do Complexo da Maré com a sétima arte. Além das projeções, ele coleta óleo de cozinha nas casas para financiar o trabalho. Merece aplausos!
Esporte - O projeto Jiu Jitsu Sem Limites, Allan Di Lucia dá aulas para 47 alunos com síndrome de Down, paralisia cerebral e autismo, na Apae da Tijuca. A ideia surgiu no campeonato estadual de Jiu Jitsu de 2013, quando Allan, sagrado campeão, foi desafiado por um rapaz com paralisia cerebral que estava na plateia.
Servidor - A soldado Rafaela Malta, de 35 anos, muda a trajetória de crianças do Morro do Banco, no Itanhangá. As aulas da “policial bailarina” deram tão certo que outros projetos sociais devem ser implantados na comunidade. Um exemplo que deu certo. E frutificou.
Gastronomia - Da favela do Lixão, em Caxias, à região da Central, o sopão da Tia Jane é conhecido. Ela resolveu alimentar os necessitados após ser privada da alimentação ao sofrer complicações numa cirurgia. A ação duraria um dia, mas, ao se deparar com a penúria, não conseguiu mais parar.
Saúde - Conhecida como “mãe”, entre os usuários de crack, Diana Ribeiro, coordenadora do programa Proximidade, da secretaria municipal de Desenvolvimento Social, consegue trazer de volta à sociedade quem tinha perdido as esperanças na vida nas ruas. Uma vencedora.
Sustentabilidade - Morador da Favela Boogie Woogie, Fabrício Meilhac conseguiu chamar atenção para a poluição na Baía de Guanabara com um filme ecológico produzido com menos de R$ 100 e muita cooperação. Extraordinário!


Pedro Zuazo

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