As doações realizadas no Hemoce se estinam a pacientes de 450 unidades de saúde no Estado e 100% do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por ´G1 CE
O tipo sanguíneo O+ é o mais comum entre doadores do Centro
de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), da rede pública da Secretaria
da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado. De acordo com a Sesa, das
599.534 pessoas que doaram sangue nos últimos 21 anos no Hemoce, cerca de 46%
dos tipos sanguíneos doados são O+.
As doações realizadas no Hemoce atendem pacientes em mais de
450 unidades de saúde no Estado e 100% do Sistema Único de Saúde (SUS). Cada
bolsa de sangue é dividida em diferentes hemocomponentes (plaquetas, hemácias e
plasma). Com uma única doação de sangue, é possível salvar até quatro vidas.
Nesta terça-feira (11), o Hemoce abre um posto de coleta de
sangue no shopping RioMar Kennedy, em Fortaleza. A unidade funcionará no piso
L2 até 11 de outubro. De segunda a sábado, o atendimento será das 12h às 21h30.
Já aos domingos, das 13h às 21h.
Conforme a Sesa, identificar o tipo sanguíneo é determinante
no momento de uma transfusão de sangue. A hematologista e diretora de
hemoterapia do Hemoce, Denise Brunetta, explica que, independentemente de o
paciente saber qual o seu tipo, é feito o teste de tipagem sanguínea antes de a
transfusão ser realizada. A partir dessas informações, será transfundido o
sangue do doador compatível.
“Existem antígenos presentes ou ausentes no organismo
dependendo do tipo de sangue. Por exemplo, se o sangue é do tipo A, quer dizer
que possui antígeno A. Se é AB, tem antígenos A e B em seus glóbulos vermelhos.
Já quem é O não tem nem A nem B e é considerado o doador universal. Por isso é
tão importante que esses voluntários mantenham suas doações com regularidade”,
explica Denise.
Conforme Brunetta, as características do sangue precisam ser
compatíveis entre doador e paciente para garantir maior segurança transfusional.
Além da tipagem sanguínea, o Hemoce realiza a fenotipagem eritrocitária, um
estudo mais completo do sangue. A fenotipagem pesquisa nas hemácias
características minuciosas, possibilitando uma transfusão mais compatível.
“Com a avaliação, conseguimos identificar o doador com
sangue raro. A ausência ou a presença de alguns antígenos pode indicar que o
sangue que está sendo avaliado é raro. Isso permite que tenhamos um banco de
sangue raro para atender os pacientes”, conta Denise Brunetta.
Banco de doadores raros
Segundo a Sesa, o banco de doadores raros do Hemoce é um dos
maiores do Brasil e conta com 121 voluntários especiais. Desde 2014, o Hemoce
já enviou 32 bolsas de sangue raro para outros estados brasileiros e uma para a
Colômbia. Para garantir a segurança e a qualidade no sangue doado, o hemocentro
mantém um rigoroso processo de controle.
Cada vez que um voluntário doa, as amostras de sangue passam
por testes e exames sorológicos. Além da tipagem sanguínea e da fenotipagem
eritrocitária, são realizados eletroforese de hemoglobina e testes para
hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas, HIV e HTLV (vírus T-linfotrópico
humano). Também são feitos testes de biologia molecular para verificação e
confirmação do vírus HIV e hepatites B e C, chamado de teste NAT.
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