Governo do Estado já sinalizou que volta de aulas
presenciais só deve acontecer em setembro.
Por G1 CE
Realizado pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares
de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), um levantamento aponta que 180 escolas de
educação básica e instituições de ensino superior da rede privada encerraram
atividades durante a pandemia do novo coronavírus no estado.
Ainda segundo a pesquisa, 34% dos profissionais integrantes
dos mesmos setores educacionais foram demitidos desde que as aulas presenciais
foram interrompidas, em março. A porcentagem inclui professores, funcionários
administrativos, de serviços gerais, entre outros.
Conselho de Educação orienta que ensino remoto continue
sendo aplicado no Ceará até o fim do ano
Presidente do Sinepe-CE, Andréa Nogueira afirma que, levando
em consideração essas estatísticas, o anúncio da previsão de retorno das aulas
presenciais no Ceará para setembro – realizado pelo governador Camilo Santana
(PT) durante transmissão ao vivo neste sábado (1º) – foi recebido pelo
sindicato com indignação.
O governador apontou que a decisão vale para escolas e
universidades públicas e privadas. E a retomada só será em setembro se os
indicadores epidemiológicos permanecerem favoráveis.
De acordo com Andréa Nogueira, as escolas da rede privada de
ensino estavam preparadas desde o dia 20 de julho para a retomada das aulas
presenciais.
“Todas estavam com seus protocolos prontos, além dos
investimentos realizados, como compras de materiais e treinamento de
funcionários. Soma-se a isso o prejuízo educacional dos alunos e dos pais, que
já voltaram aos trabalhos e não têm com quem deixar os filhos”, diz.
Aulas presenciais em Fortaleza devem voltar em setembro
Aulas presenciais em Fortaleza devem voltar em setembro
Preocupação
Andréa menciona que o Governo do Estado já possui condições
de autorizar a retomada das aulas presenciais nas escolas do ensino básico e do
superior, e que a negativa a esse retorno acarreta grandes impactos no setor,
como a inadimplência.
"Os alunos do ensino superior estão inseguros em
relação às suas matrículas, e os professores começam a se preocupar com a
formação dos futuros profissionais, uma vez que não podem oportunizar aulas
práticas aos estudantes”, lista.
“Como manter uma estrutura de ensino em pé se ela está
impedida de funcionar?”, questiona.
Segundo a gestora, os diretores "não sabem mais o que fazer"
diante da crise econômica enfrentada pelo setor. "O que tememos é que, por
estarem em situação limite, muitas outras instituições educacionais tenham que
fechar suas portas. Todas as medidas emergenciais foram utilizadas e já se
esgotaram, e o prazo que nos foi prometido para retomada não foi cumprido”,
sublinha Andréa.
Busca pelo diálogo
A presidente da entidade enfatiza que o sindicato buscará,
junto ao Governo do Estado, solucionar um problema que é de toda a sociedade,
buscando estar respaldado pela ciência e por especialistas no assunto.
“Faz-se necessária a retomada das aulas presenciais e a
faremos com responsabilidade. Segundo pesquisas internas, aproximadamente
metade dos pais desejam e contam pela retomada urgente das aulas presenciais,
pois se sentem prejudicados. As escolas continuarão em constante diálogo com os
pais e nos comprometemos a solicitar uma data oficial da retomada, pois
entendemos a educação como um direito fundamental”, conclui.
Covid-19 no Ceará
O Ceará chegou a 7.709 mortes em decorrência da Covid-19,
com 176.580 casos confirmados, segundo dados da plataforma IntegraSUS,
atualizada às 14h10 deste domingo (2). Já são 147.674 pessoas recuperadas da
doença no estado.
Aulas presenciais devem voltar em setembro, diz Camilo;
bares e cinemas não têm previsão de retorno
Meireles, Aldeota e Messejana têm maior número de casos de
Covid-19 em Fortaleza; veja situação nos bairros
A plataforma indica que há ainda 593 mortes em investigação
e 77.868 casos suspeitos. Já foram realizados 471.139 exames para detectar o
novo coronavírus.
Fortaleza concentra 3.691 óbitos pela Covid-19, com 42.262
diagnósticos positivos. Os bairros mais periféricos da capital registram as
maiores taxas de mortalidade da enfermidade. No bairro Conjunto Ceará II, na
Regional V, a cada dez casos confirmados, mais de sete (73%) chegam a óbito,
portanto, a maior taxa de letalidade pelo Sars-CoV-2, conforme a Secretaria
Municipal de Saúde (SMS).
Fortaleza está na quarta fase do plano de reabertura
econômica e, a partir de segunda-feira (3), shoppings e salões de beleza terão
o horário de funcionamento estendido. De acordo com o Governador Camilo
Santana, a permissão para aulas presenciais, que também estava prevista para a
etapa quatro da retomada, não deve ocorrer antes de setembro.
Em seguida no número de casos está a cidade de Sobral, com
9.973 registros e 284 mortes. Em Juazeiro do Norte, no Cariri, o número de
diagnósticos é de 9.544, com 220 óbitos pelo novo coronavírus.
Na Macrorregião de Fortaleza, Maracanaú contabiliza 5.349
casos confirmados e 233 mortes. Caucaia é a segunda cidade em óbitos pela
doença, com 318 ocorrências e 5.044 diagnósticos positivos. Em Maranguape, que
registra 4.085 casos, 106 pessoas não resistiram à Covid-19.
O número de casos do novo coronavírus também chama atenção
nas cidades de Crato (3.278), Quixadá (2.897), Tianguá (2.643), Acaraú (2.471)
e Itapipoca (2.255).
Veja outras informações da plataforma:
A taxa de ocupação das UTIs cearenses é de 73,96%;
A taxa de ocupação das enfermarias cearenses é de 37,95%;
A letalidade da doença no Estado é de 4,4%.
Os números apresentados pela Sesa são atualizados
permanentemente. As mortes não foram contabilizadas no dia em que ocorreram,
nem os casos, no dia dos primeiros sintomas, e sim, registrados conforme a
liberação dos resultados de exames.
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