Documentos de jovem foram encontrados, mas a polícia alemã
não dá detalhes sobre as buscas.
Por João Lima Neto, G1 CE
O universitário cearense Wesley Franklin Alencar Oliveira,
27 anos, está desaparecido desde o dia 11 de outubro em Berlim, na Alemanha,
segundo seus familiares. Há quatro anos, ele deixou Fortaleza para viver na
capital alemã. No exterior, o jovem cursava química na Universidade Livre de
Berlim.
Em entrevista ao G1, a irmã do universitário, a esteticista
Giselle Oliveira, 33 anos, contou que busca informações sobre o paradeiro do
irmão com ajuda de amigos brasileiros em bares e outros estabelecimentos
comerciais.
A irmã de Wesley Franklin afirma não saber o que pode ter
ocasionado o desaparecimento do jovem. Desde o dia 30 de outubro, quando foi
contactada por amigos do irmão, ela busca o paradeiro do universitário em
locais públicos e privados de Berlim.
Eles tinham contatos esporádicos em uma rede social, já que
há alguns meses o cearense estava sem celular. No último contato entre os dois,
no dia 5 de outubro, Giselle Oliveira conta que perguntou por mensagens de
texto como estava o irmão, mas não recebeu resposta.
Documentos com a polícia
Alguns documentos do cearense estão com a polícia alemã, mas
a irmã do universitário não teve acesso.
"Os documentos dele foram encontrados. O que eu sei e
que estão em uma das delegacias”. Os amigos brasileiros que dividem um
apartamento em Berlim com Wesley Franklin, em uma república universitária,
afirmam que o último contato com o cearense aconteceu no dia 11 de outubro
Giselle Oliveira diz que enfrenta dificuldades com a busca
do irmão, pois existe uma política de privacidade sobre os desaparecidos na
Alemanha.
“Nunca pensei que fosse desse jeito. A Polícia não dá muita
informação. Eles acreditam que a pessoa pode não querer dar notícias. Se eu sou
maior e não quero dar notícia para ninguém tenho esse direito. Por mais que
seja a família, por mais que seja a mãe pedindo informações de um filho. Eles
não dão detalhes sobre possível busca”.
Motivações
Giselle Oliveira chegou a pensar que o irmão pudesse sofrer
com um quadro de depressão, mas descartou por Wesley Franklin afirmar que
estava bem.
“No nosso último contato mandei mensagem para ele, mas não
me respondeu. Perguntei como ele estava. Eu pensei que ele pudesse está com
depressão, mas em outros momentos ele disse que não. Eu disse: ‘tá bom e vamos
nos falando. Fica me dando notícias”, explicou. A irmã do cearense conta que
ele sempre mostrou feliz e sorridente com todos os amigos.
Os familiares em Fortaleza foram informados sobre o ente
desaparecido ainda em outubro. “Às vezes parece que estou vendo um filme de
terror. Se me perguntarem o que acho sobre o desaparecimento eu não sei o que
dizer. Ele estava dando notícia na medida do possível. Ele nunca foi uma pessoa
de contar os problemas que passava. Sempre foi muito fechado”, conta a irmã do
universitário cearense.
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