Advogado e um contador estão entre os alvos da operação.
Outros 17 mandados de busca e apreensão serão cumpridos. Trabalhos ocorrem em
Fortaleza, Caucaia e Pacatuba.
Por G1 CE
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) cumpre, na
manhã desta quinta-feira (24), 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados
de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa que atuam em
Fortaleza e Região Metropolitana. Um advogado e um contador estão entre os
alvos desta operação. Segundo o MPCE, foram cumpridos mandados de busca e
apreensão nos escritórios e residências deles.
A “Operação Saratoga” tem o objetivo de desarticular o
núcleo criminoso voltado para a falsificação de documentos públicos e
particulares. Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de
Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e são cumpridos nas seguintes
cidades:
Fortaleza: oito mandados de prisão preventiva e nove
mandados de busca e apreensão;
Caucaia: dois mandados de prisão preventiva e um mandado de
busca e apreensão;
Pacatuba: dois mandados de prisão preventiva e dois mandados
de busca e apreensão;
Sistema Prisional do Ceará: dois mandados de prisão
preventiva e dois mandados de busca e apreensão.
Além dos mandados que são cumpridos nesta quinta-feira, a
Vara de Delitos de Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de
prisão preventiva, que permaneceram em aberto em face da não localização dos
acusados.
Investigações da 'Operação Saratoga'
As investigações da Operação Saratoga, iniciadas pelo Grupo
Especial de Combate às Organização Criminosas (Gaeco) com o apoio da
Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado
(Coin) ainda em 2016, identificaram e individualizaram as condutas criminosas
perpetradas por membros de uma organização criminosa especializada na ampla e
indiscriminada falsificação de documentos públicos e particulares, e no uso e
na comercialização sorrateira de tais papéis.
O material propiciava a prática dos mais diversos golpes na
praça, desde compras fraudulentas no comércio à captação de empréstimos
financeiros de altos valores, passando por roubo/furto, receptação e
adulteração de veículos automotores, além de fraudes no pagamento de fianças.
Negociações com clientes
Na estrutura da organização criminosa existia uma figura
central, que, tendo uma visão global e completa do negócio, fazia o contato com
os “clientes”, fornecedores e receptadores, e realizava as negociações
necessárias para a consecução dos objetivos criminosos do grupo. Uma vez as
encomendas tendo sido realizadas, entrava em cena a célula da organização
especializada na confecção física dos papéis.
Os suspeitos trabalhavam na fabricação fraudulenta de
documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras
profissionais e de habilitação, títulos de eleitor, cartões de crédito,
procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de pagamento de fiança
criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques. Para cada ramo
da atividade, havia um grupo específico dentro da organização para onde era
endereçado o material criminoso.
As investigações contaram com o apoio do Departamento
Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado (DTO), e da Coordenadoria de
Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Coint/Sap).
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