quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Suspeitos de falsificar documentos públicos e particulares são alvos de mandados de prisão no Ceará


Advogado e um contador estão entre os alvos da operação. Outros 17 mandados de busca e apreensão serão cumpridos. Trabalhos ocorrem em Fortaleza, Caucaia e Pacatuba.
Por G1 CE


O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) cumpre, na manhã desta quinta-feira (24), 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa que atuam em Fortaleza e Região Metropolitana. Um advogado e um contador estão entre os alvos desta operação. Segundo o MPCE, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos escritórios e residências deles.

A “Operação Saratoga” tem o objetivo de desarticular o núcleo criminoso voltado para a falsificação de documentos públicos e particulares. Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e são cumpridos nas seguintes cidades:

Fortaleza: oito mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão;
Caucaia: dois mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão;
Pacatuba: dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão;
Sistema Prisional do Ceará: dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão.
Além dos mandados que são cumpridos nesta quinta-feira, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de prisão preventiva, que permaneceram em aberto em face da não localização dos acusados.

Investigações da 'Operação Saratoga'
As investigações da Operação Saratoga, iniciadas pelo Grupo Especial de Combate às Organização Criminosas (Gaeco) com o apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Coin) ainda em 2016, identificaram e individualizaram as condutas criminosas perpetradas por membros de uma organização criminosa especializada na ampla e indiscriminada falsificação de documentos públicos e particulares, e no uso e na comercialização sorrateira de tais papéis.

O material propiciava a prática dos mais diversos golpes na praça, desde compras fraudulentas no comércio à captação de empréstimos financeiros de altos valores, passando por roubo/furto, receptação e adulteração de veículos automotores, além de fraudes no pagamento de fianças.

Negociações com clientes
Na estrutura da organização criminosa existia uma figura central, que, tendo uma visão global e completa do negócio, fazia o contato com os “clientes”, fornecedores e receptadores, e realizava as negociações necessárias para a consecução dos objetivos criminosos do grupo. Uma vez as encomendas tendo sido realizadas, entrava em cena a célula da organização especializada na confecção física dos papéis.

Os suspeitos trabalhavam na fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação, títulos de eleitor, cartões de crédito, procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques. Para cada ramo da atividade, havia um grupo específico dentro da organização para onde era endereçado o material criminoso.

As investigações contaram com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado (DTO), e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Coint/Sap).

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