Imunizante que será aplicado é desenvolvido pela parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca e está sob responsabilidade da Fiocruz.
Por Nícolas Paulino, G1 CE
A vacinação em massa contra a Covid-19 pode acontecer até
julho de 2021, no Ceará, afirmou nesta segunda-feira (19) o secretário estadual
da saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto.
“O estado do Ceará está ligado às ações da Fiocruz (Fundação
Oswaldo Cruz). A nossa vacina que está com a Fiocruz tem previsão pro ano que
vem. Quer dizer, a vacinação em massa seria até julho do ano que vem”, afirma o
secretário, referindo-se à vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o
laboratório AstraZeneca, que retomou os testes no Brasil na semana passada após
suspender atividades devido ao registro de efeitos adversos em voluntários.
Outras opções, porém, não estão descartadas pelo gestor. “O
estado de São Paulo tem uma parceria entre o Butantan e um laboratório chinês
que está falando que começa a produção em dezembro. Está sendo discutido a
nível de Ministério (da Saúde), se nós podemos nos antecipar e usar essa vacina
também”, explica.
Em São Paulo, o imunizante, a Coronavac, é desenvolvido pelo
laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O diretor do
Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta segunda-feira que a vacina é a
mais segura das que estão em desenvolvimento, e afirmou que a eficácia do
imunizante deve ser comprovada até dezembro.
No Ceará 160 pessoas reinfectadas por Covid-19 são
monitoradas pela secretaria da saúde
No Ceará 160 pessoas reinfectadas por Covid-19 são
monitoradas pela secretaria da saúde
Aumento de casos no interior
Ainda na entrevista, o Dr. Cabeto alertou para o aumento do
número de casos em Fortaleza, na última semana, e para a recomendação de
medidas restritivas em cinco municípios do interior do estado: Crateús, Icó,
Russas, Juazeiro do Norte e Tauá. O secretário voltou a ressaltar que a
pandemia não acabou e que permanece a obrigatoriedade do uso de máscaras.
“Eu sei que a população tá cansada, que o isolamento provoca
depressão, angústia, dificuldade para as famílias, mas esse é um momento de
exceção. Esse descumprimento pode levar a pequenos surtos, que podem voltar a
representar aumento no número de atendimentos e de óbitos”, detalha.
A recomendação ocorreu no domingo (18), em decreto publicado
no Diário Oficial do Estado (DOE). O documento orienta que os municípios
citados intensifiquem as fiscalizações e adotem ações de isolamento social que
evitem a aglomeração de pessoas.
"Em função dos dados epidemiológicos verificados pelas
autoridades da saúde, deixa-se recomendação aos municípios de Crateús, Icó,
Russas, Juazeiro do Norte e Tauá para que reforcem a fiscalização e adotem
medidas de isolamento social mais restritivas para conter a disseminação da
Covid-19, especialmente quanto à redução de aglomerações", afirma o
decreto.
As cinco regiões registraram crescimento do número de casos
de Covid-19 no período entre as semanas epidemiológicas 38 (do dia 13 a 19 de
setembro), 39 (20 a 26 de setembro) e 40 (27 de setembro a 3 de outubro).
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