Cesta básica custou R$ 370,46 em setembro. Retração nos
preços foi em 11 dos 12 produtos que compõem a cesta básica.
Por G1 CE
O preço da cesta básica nos supermercados de Fortaleza
apresentou redução de 4,85% no mês de setembro, segundo dados divulgados nesta
quarta-feira (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). A retração nos preços foi dada em 11 dos 12 produtos
que compõem a cesta básica.
Conforme o Dieese, a cesta básica custou R$ 370,46 em
setembro. Considerando o valor e o salário mínimo de R$ 937, foi preciso
trabalhar 86 horas e 59 minutos da jornada de trabalho mensal para adquirir a
cestae. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças)
foi de R$ 1.110,00, segundo a pesquisa.
O relatório mostrou que o quilo do tomate foi o item que
apresentou maior redução no preço, com -22,64%. Outros produtos que
apresentaram redução foram o feijão (-10,13%), o arroz (-4,21%), o açúcar
(-4,12%), a farinha (-4,05%) e o óleo (-3,13%).
O Dieese mostrou ainda que a cesta básica em setembro deste
ano foi mais barata que no mesmo mês do ano passado, quando os 12 produtos
juntos custavam R$ 415,94.
Pesquisa nacional
A diminuição no custo do conjunto de alimentos foi observada
em 20 das 21 cidades onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais expressivas foram registradas nas
cidades do Nordeste: Maceió (-5,22%), Fortaleza (-4,85%), João Pessoa (-4,62%),
Salvador (-4,09%), São Luís (-3,97%) e Natal (-3,64%). A única alta foi anotada
em Campo Grande (1,17%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 436,68),
seguida por São Paulo (R$ 421,02) e Florianópolis (R$ 419,17). Os menores
valores médios foram observados em Salvador (R$ 318,52), Natal (R$ 323,90) e
Recife (R$ 328,63). Em 12 meses, o valor da cesta apresentou redução em todas
as cidades pesquisadas.
Salário necessário
Com base na cesta básica mais cara, que, em setembro, foi a
de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de
um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima
mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em setembro de 2017, o salário necessário para a manutenção
de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes
o atual salário mínimo de R$ 937,00. Em agosto de 2017, o piso mínimo
necessário correspondeu a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o mínimo vigente. Em
setembro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 4.013,08, ou 4,56 vezes
o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00
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