São 147 centros de educação infantil, segundo a Secretaria
de Educação do Município, e a promessa é de construção de mais 10 até o fim do
ano.
Por G1 CE
Em Fortaleza, 100 mil crianças estão sem aulas por falta de
vagas, diz Conselho Tutelar
Mais de 100 mil crianças estão fora da escola em Fortaleza
por falta de vagas de acordo com um levantamento realizado pelo Conselho
Tutelar. É o caso da Giovana Talita, que tem um filho de três anos. Por não
conseguir vaga para o filho estudar, ela não consegue emprego. A mãe, também
desempregada, ajuda a cuidar do pequeno.
“Ontem mesmo, falei com a diretora do [Colégio] Paulo
Sarasate e perguntei sobre a vaga do meu neto. Ela disse que eu podia ficar
despreocupada que no próximo ano a vaga estava garantida. Esse ano fica sem
estudar”, disse a costureira Ana Paula.
De março a setembro deste ano, o Conselho Tutelar fez 70
determinações por vagas na rede municipal de ensino. A pequena quantidade de
centros de educação infantil em Fortaleza seria a causa do problema.
“Infelizmente estão vindo mais mães necessitando de vagas e a gente não
encontra. A gente determina algo e a prefeitura não executa. Tem mães esperando
por vagas há vários anos”, lamenta o conselheiro tutelar Valdeci Paiva.
A previsão de alunos matriculados para o ano de 2017 é de
208.347, entre estudantes do Infantil I ao 9º ano e da Educação de Jovens e
Adultos, de acordo com a Prefeitura de Fortaleza. Neste ano, o número de
matrículas foi ampliado em 28.701.
São 147 centros de educação infantil, segundo a Secretaria
de Educação do Município, e a promessa é de construção de mais 10 até o fim do
ano. “Esse ano nós vamos inaugurar mais três centros de educação infantil e a
proposta é de que, além dessas vagas, a gente chegue a seis mil novas vagas até
o final da segunda gestão do prefeito Roberto Cláudio”, afirma o
secretário-adjunto de educação, Jefferson Maia.
Enquanto não ficam prontos, os conselheiros sugerem
alternativas para resolver a situação: “Construir os centros educacionais que
foram prometidos durante a campanha eleitoral ou comprar as vagas na rede
particular. A solução será paliativa, mas a criança não ficará fora da escola”,
defende o conselheiro tutelar Rondineli Mendes.
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