quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Último acusado de atentado contra auditor fiscal é condenado a 14 anos de prisão, no Ceará

Os três envolvidos na tentativa de assassinato do auditor fiscal da Receita Federal foram julgados. Somados, os três foram condenados a mais de 45 anos de prisão.

O Conselho de Sentença da 32ª Vara da Justiça Federal no Ceará condenou Alex Nogueira Pinto a 14 anos de prisão nesta terça-feira (3). Ele é o último acusado de participar do atentado contra o auditor fiscal da Receita Federal José de Jesus Ferreira. O crime ocorreu no dia 9 de dezembro de 2008, na Rua José Lino, no Bairro da Varjota, em Fortaleza. A sessão, que durou cerca de 10 horas, foi presidida pelo juiz federal substituto, Danilo Dias. Após o julgamento, foi expedido o mandado de prisão e o réu saiu preso da sessão.
Em maio de 2015, Mairon Silva de Lima, outro acusado de também participar do atentado contra o auditor fiscal foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão. O julgamento durou mais de oito horas e acusado confessou ter participado do crime. Mairon Silva de Lima e Alex Nogueira Pinto, em uma motocicleta, abordaram o auditor e disopararam vários tiros contra ele. Mandante do crime, o iraniano Farhad Marvizi também já foi condenado.
Mandante
Em outubro de 2012, o acusado de ser o mandante do atentado contra o auditor fiscal foi condenado a 20 anos de reclusão. O conselho de sentença considerou o iraniano Farhad Marvizi, o "Tony, de 55 anos, culpado por tentativa de homicídio qualificado.
Farhad Marvizi já cumpre pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Mossoró (RN). Em agosto de 2011, o iraniano foi condenado a 128 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Ceará. Sua mulher, Sandra Almeida do Nascimento, também foi condenada a sete anos e oito meses de prisão, cumpridos em regime semiaberto.
Acusações
Farhad Marvizi é acusado de mandar matar pelo menos 11 pessoas em Fortaleza. Além da tentativa de homicídio contra o auditor fiscal, Farhad Marvizi tem seu nome citado em pelo menos 17 investigações por diferentes crimes, como assassinatos, evasão de divisas, contrabando, sonegação fiscal, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.
Uma das execuções teve como vítima o comerciante Carlos José Medeiros Magalhães e a mulher dele, Maria Elisabeth Almeida Bezerra. Os dois foram mortos em de agosto de 2010, quando a residência do casal, no Bairro Conjunto Esperança, foi invadida por criminosos, supostamente a mando de Marvizi. O empresário Francisco Francélio Holanda Filho também teria sido eliminado por fazer concorrência ao iraniano no mercado de venda de celulares e acessórios de telefonia móvel.

O crime
Na manhã do dia 9 de dezembro de 2008, o auditor fiscal foi atingido com vários tiros de pistola, enquanto dirigia à caminho de casa, no cruzamento das Ruas Meruoca e José Lino, no Bairro Varjota, em Fortaleza. Dois homens armados, em uma motocicleta, efetuaram vários disparos de pistola contra o auditor, que sobreviveu. Cinco tiros atingiram o rosto de José de Jesus Ferreira.

Na época do crime, o auditor José de Jesus Ferreira atuava como chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, na 3ª Região Fiscal e investigava um esquema criminoso chefiado pelo iraniano Farhad Marvizi.

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