Iguatu. Em dezembro começa a pré-estação chuvosa. Aliada ao
fim de gestões e descontinuidade de ações administrativas, aumenta o risco de
crescimento de infestação do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue,
chikungunya e zika vírus. A preocupação dos técnicos é com a possibilidade de
interrupção do trabalho preventivo e de combate aos focos do vetor.
De um total de 111 dos 184 municípios cearenses, que
realizaram Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), 12
(10,81%) apresentaram alta taxa; 32 (28,83%) estão em situação média e 67
(60,36%) estão em situação satisfatória. Chamam a atenção os 35 municípios com
índice de infestação zero (ver o mapa).
Segundo o LIRAa, há elevada taxa de infestação predial nas
cidades de Capistrano (14,5%), Canindé (13,7%), Baturité e São Luís do Curu
(8,5%), Varjota (7,2%), Farias Brito (6,9%), Irauçuba (5,5%), Aracoiaba (5,4%),
Jaguaretama (5,2%), Ipaumirim (4,7%), Coreaú (4,5%), e Marco (4,4%).
Na cidade de Cedro, a Secretaria da Saúde do Município
anunciou zero taxa de infestação predial. "O nosso esforço é para zerar os
focos e evitar surto da doença com a chegada do período chuvoso", explicou
o prefeito, Nilson Diniz.
A equipe do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet) da
Secretaria da Saude do Estado do Ceará (Sesa) alerta para a necessidade de as
ações de combate ao mosquito não serem descontinuadas, no momento em que muitos
municípios estão trocando de gestão. "Este período, antes da quadra
invernosa, é o de maior alerta. Os municípios que por algum motivo paralisam as
ações de vigilância e controle são os que costumam ter maior problema no ano
seguinte", explica a técnica do Nuvet, Ricristhi Gonçalves.
Segundo a Sesa, neste ano o Ceará tem 35.122 casos
confirmados de dengue, com 25 óbitos; 27.333 de chikungunya, com 14 óbitos; e
1.929 de zika, 93 deles em gestantes. Dos 150 casos de microcefalia confirmados
no ano, em 24 houve identificação do vírus zika. O boletim epidemiológico da
Sesa informa que os casos de dengue do tipo grave caíram 65,51%, de 116 para
40, de janeiro até a primeira semana de novembro deste ano comparados a igual
período de 2015. Os casos da doença com sinal de agravamento (DCSA) também
tiveram redução neste ano frente ao resultado das mesmas semanas de 2015.
por Honório Barbosa - Colaborador
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