Divulgação
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, pediu hoje (20) a
colaboração de gestores municipais para a implantação do prontuário eletrônico
em unidades básicas de saúde. Durante o 7º Fórum Nacional de Gestão da Atenção
Básica, Barros voltou a afirmar que as prefeituras que não implementarem o
chamado E-SUS ou que não justificarem a não implantação vão sofrer bloqueio de
recursos. O prazo vence no dia 10 de dezembro.
“Não queremos interferir na autonomia dos municípios, mas
precisamos saber o que está sendo feito com esse dinheiro”, disse, ao se
referir aos repasses feitos pelo ministério às secretarias de saúde. “Vamos
poder ter uma visão global de tudo o que é feito na saúde dos brasileiros.
Precisamos de vocês. Sem vocês, não alcançaremos essas informações”, completou
Barros em discurso no encerramento do encontro.
De acordo com o ministro, é preciso aumentar o que ele
chamou de “resolutividade” na atenção básica, sobretudo por meio da humanização
do atendimento aos pacientes. “Isso significa conseguir fazer com que as
pessoas sejam atendidas e se sintam bem atendidas”, disse. “É importante que
procuremos avançar cada vez mais na humanização do atendimento, que é o que dá
satisfação às pessoas”, acrescentou.
Nova plataforma
Uma nova versão do prontuário eletrônico foi lançada no
início do mês pelo governo federal. O modelo permite que todos os serviços de
saúde do município possam acompanhar o histórico, os dados e o resultado de
exames dos pacientes. Também é possível verificar em tempo real a
disponibilidade de medicamentos em farmácias e registrar visitas de agentes de
saúde.
A expectativa do Ministério da Saúde é que a transmissão
digital dos dados da rede municipal à base nacional possibilite também a
verificação online dos gastos feitos via Sistema Único de Saúde. A plataforma
digital será oferecida gratuitamente, mas o envio de dados também poderá ser
feito por meio de sistema próprio. A expectativa do governo é economizar R$ 84
milhões por ano com tecnologias da informação.
Bloqueio de recursos
A partir de 10 de dezembro, o pagamento do Piso da Atenção
Básica variável para as prefeituras – equivalente a R$ 10 bilhões ao ano –
ficará condicionado à implantação do prontuário eletrônico. O recurso é
aplicado no custeio de atendimentos de pediatria e de programas como Saúde da
Família e Brasil Sorridente.
Os municípios que não se adequarem à proposta terão os
repasses bloqueados. O ministério informou, entretanto, que vai apoiar cidades
que apresentem dificuldades para implantar a nova versão da plataforma,
conforme necessidades encaminhadas pelos gestores e que serão analisadas caso a
caso.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário