Índice se refere à insegurança alimentar de moderada a grave nos últimos cinco anos. Mais de dois milhões de domicílios cearenses participaram da pesquisa.
Por Isabella Campos, G1 CE
A Análise da Segurança Alimentar no Brasil, divulgada nesta
quinta-feira (17) pelo IBGE, mostra que 19% dos entrevistados cearenses
encontram-se nas categorias moderada a grave de insegurança alimentar, que se caracteriza
pela forte tendência de fome. Em 2013, de acordo com o Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD), esse número era 12,5%.
A insegurança alimentar, seja ela do tipo leve, moderado ou
grave, esteve presente em 1,3 milhão de domicílios cearenses, dos 2,8 milhões
que participaram do questionamento feito pelo IBGE. Esse número representa
46,8% dos entrevistados do Estado.
No Brasil, em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o
número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, chegando a, pelo
menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação.
O domicílio classificado no tipo de insegurança alimentar
leve é porque existe a preocupação quanto o acesso a alimentação no futuro e a
qualidade do ato já está comprometida, onde os moradores assumem estratégias
para manter a quantidade mínima de alimentos disponíveis.
Já o domicílio que apresenta insegurança alimentar moderada,
é aquele que quando os moradores tem uma quantidade restrita de alimentos e a
insegurança grave é quando a os residentes passam por privação severa na
alimentação, chegando a fome.
Na comparação com a última vez que o tema foi abordado, em
2013, onde 2,6 milhões de domicílios participaram da pesquisa, o número de
domicílios registrados com insegurança alimentar era de 965 mil, sendo 196 mil
moderada e 136 mil grave, já na POF 2017-2018, esse número saltou para 375 mil
moderada e 175 mil grave, um aumento significativo. A insegurança alimentar
grave passou de 5,1% para 6,1%.
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