O novo decreto do governo do estado prevê uma série de protocolos para as instituições que pretendem ampliar o ensino presencial.
Por Samuel Pinusa
O governo do estado anunciou neste domingo (20) protocolos
sanitários específicos para a ampliação da quantidade de séries com aulas
presenciais a partir de 1º de outubro e informações sobre o fechamento de
escolas, caso ocorra registros de Covid-19 nas instituições. Segundo o Diário
Oficial do Estado (DOE), os estabelecimentos poderão fechar totalmente por 14
dias, durante e após as investigações, em um cenário em que não seja detectado
o vínculo entre os estudantes e/ou profissionais contaminados pelo novo
coronavírus.
No sábado (19), o governador do Ceará, Camilo Santana,
autorizou o retorno das aulas presenciais em diversos anos do ensino
fundamental, médio, educação profissionalizante e educação de jovens e adultos
(EJA).
Ao todo, serão avaliados seis cenários para decisões sobre
quarentenas das salas de aula ou o fechamento total da escola. O primeiro
cenário diz que se houver um caso confirmado, a sala de aula deverá permanecer
fechada por 14 dias, além da quarentena também de 14 dias de estudantes e
funcionários que tiveram contato próximo com o registro positivo.
No segundo cenário, se houver ao menos dois casos ligados
entre si na escola, de alunos de mesma sala, segue o mesmo procedimento adotado
no primeiro cenário.
A escola será fechada durante as investigações se ao menos
dois casos positivos de Covid-19, ligados entre si, forem confirmados. Após as
investigações, as salas de aula de cada caso permanecem fechadas e colocadas em
quarentena, bem como estudantes e profissionais que foram expostos.
No quarto cenário, se houver ao menos dois casos ligados
entre si por circunstâncias fora da escola a orientação é fechar a instituição
durante as investigações. Após esse período, a escola reabre, mas as salas de
aula em que foram registrados os casos permanecem fechadas por 14 dias.
O mesmo procedimento será tomado se houver registro de pelo
menos dois casos não vinculados, mas a exposição foi confirmada para cada um
fora do ambiente escolar.
No último cenário, se o vínculo entre os casos positivos não
for determinado, durante e após as investigações, a escola ficará totalmente
fechada por 14 dias.
Orientações gerais
Em complemento dessas medidas específicas, o documento traz
orientações gerais sobre o comportamento das instituições que desejam ampliar o
ensino presencial, como a indicação que “cada instituição de ensino deverá
estruturar um Plano de Rodízio de Alunos de acordo com as peculiaridades de
suas unidades e resguardando as indicações estabelecidas pelos órgãos de
educação estadual e municipais. Deverá ser priorizado o retorno dos alunos com
dificuldade de acessar a internet”.
E também a orientação que a instituição deve “garantir que
alunos e profissionais mantenham os cabelos presos e não utilizem bijuterias,
joias, anéis, relógios e outros adereços, para assegurar a correta higienização
das mãos e antebraços”.
Opinião dos pais
O DOE traz ainda um pacote de questões as quais os pais e
responsáveis devem considerar e refletir antes de decidir se o aluno pode, ou
não, retomar as atividades presenciais.
Um dos questionamentos se refere à avaliação do responsável
em relação a como ele se sente — confortável ou não — com o plano da
instituição de ensino caso um aluno ou profissional da escola resulte positivo
no teste Covid-19.
“O aluno (eu ou meu filho) sabe como usar corretamente uma
cobertura facial de pano e compreende a importância de fazê-lo” e “Sou capaz de
trabalhar enquanto meu filho não está na instituição de ensino (ou seja, ainda
posso fazer meu trabalho com sucesso ou posso teletrabalhar)”, são outros
pontos dentro do questionário.
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