quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Manchas escuras são vistas em ao menos 39 praias do Nordeste, mas origem segue indefinida


Ministério do Meio Ambiente informou nesta terça (24) que substância coletada e analisada em cinco estados é hidrocarboneto, derivado do petróleo. Órgãos de defesa do meio ambiente buscam identificar origem do material.
Por Marina Meireles*, G1 PE

O surgimento de manchas escuras tem surpreendido banhistas em pelo menos 39 praias do Nordeste (veja a lista ao final da reportagem). Desde o início de setembro, a substância é vista em oito dos nove estados da região. Ao menos seis animais, entre tartarugas e aves marinhas, foram afetados pelo material.

Em praias de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, a substância foi identificada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como hidrocarboneto, derivado do petróleo. Como as análises ainda estão em andamento, não é possível saber a origem da substância.

O G1 questionou se o Ministério vai monitorar as praias do Piauí, Maranhão e Sergipe, onde banhistas também relataram ter visto uma substância oleosa e escura na areia, e aguarda retorno.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), equipes da instituição têm atuado na coleta e na análise do material para identificar como ocorreu e quem é o responsável pelo descarte. A prática é considerada crime ambiental, com multa que varia de R$ 50 a R$ 50 milhões.

Em nota, a Marinha do Brasil afirma que, ao ter conhecimento do aparecimento das manchas, "em suas respectivas áreas de jurisdição, as Capitanias dos Portos deslocaram equipes de Inspeção Naval aos locais e constataram a concentração de uma substância de cor preta na areia das praias".

Ainda no texto, a Marinha diz que "foram enviadas para análise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro, amostras das manchas que foram localizadas, em praias dos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba" e "apenas após a conclusão de todas as análises, pelo IEAPM, será possível estabelecer qual a substância recolhida".

Em Pernambuco, um dos primeiros estados a registrar o aparecimento das manchas, a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) atua em conjunto com o Ibama, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Capitania dos Portos para investigar se a substância foi descartada por alguma embarcação.

“Nosso próximo passo é fazer uma reunião com órgãos estaduais de meio ambiente de outros estados para tentar identificar a origem desse descarte”, afirma o diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH, Eduardo Elvino.

"O material está sendo coletado e os resultados estão sendo compilados. As prefeituras dos municípios em que as manchas apareceram também estão sendo orientadas em relação a como descartar o material", afirma a coordenadora técnica do Ibama em Pernambuco, Lisânia Pedrosa.

Por recomendação do MMA, banhistas e pescadores não devem ter contato com o material. Caso banhistas identifiquem a substância no mar ou nas praias, é preciso informar à prefeitura para que o óleo seja recolhido e tenha o destino adequado.

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