Entre 102 equipes finalistas, grupo da Escola de Ensino
Fundamental e Médio Poeta Patativa do Assaré ocupa o 5º lugar geral.
Uma equipe formada por quatro alunos da Escola de Ensino
Fundamental e Médio Poeta Patativa do Assaré, no Bairro Granja Lisboa, em
Fortaleza, está na etapa final da Olimpíada Brasileira de Geografia. A
preparação dos estudantes cearenses começou no início deste ano no “Clube da
Cartografia”, um projeto de flexibilização curricular construído na escola
pública como experiência piloto para a inserção do Novo Ensino Médio, que deve
ser implementado oficialmente em 2021.
A competição nacional começou no último dia 5 de agosto com
9.070 grupos selecionados. Desse total, apenas 102 equipes garantiram a
classificação na última etapa após três fases de provas online e tarefas
obrigatórias. A última atividade, que exigiu a construção de um mapa tátil para
cegos, colocou a equipe da escola cearense em 1º lugar entre as unidades
públicas e 5º lugar geral.
“Isso é motivo de muita felicidade e foi uma das nossas
grandes surpresas, porque estamos no mesmo nível de projetos de extensão de
universidades federais e colégios particulares”, celebra o coordenador da
escola, Leandro Ferreira.
Para cumprir a última missão da olimpíada, os estudantes
devem elaborar um mapa sobre a vida de um imigrante, desde o nascimento até a
sua chegada ao Brasil. A tarefa deve ser enviada até o dia 6 de setembro,
conforme o professor.
Projeto
Antes mesmo de participarem da disputa, os alunos da escola
estadual já estavam inseridos no “Clube de Cartografia”. No contraturno da
aula, eles debatem sobre leitura, interpretação e construção de mapas com
professores de Geografia e Matemática. O projeto faz parte das ações de
flexibilização impostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada
em 2018. Com ela, as escolas precisam desenvolver atividades paralelas à oferta
das disciplinas já existentes.
No Ceará, além da Patativa do Assaré, outras 459 escolas
participam do Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio do Ministério da Educação
(MEC), que oferece assistência técnica e financeira às unidades de ensino que
queiram desenvolver novas atividades curriculares. A pasta federal garante R$
20 mil e mais R$ 170 por aluno matriculado para os colégios que aderiram.
“Tudo que for precisar para ter unidades curriculares
diversificadas adaptadas às competências da base, os gestores colocam na
Proposta de Flexibilização Curricular (PFC), a gente valida e eles compram o
que for preciso, como insumo de laboratórios, equipamentos mobiliários ou
contratar palestrantes que ajudem na formação do corpo docente”, destaca a
coordenadora da Gestão Pedagógica do Ensino Médio da Secretaria Estadual da
Educação (Seduc), Iane Nobre.
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