Homem foi achado após a polícia encontrar o veículo que pode
ter sido usado nos crimes, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Por G1 CE
A Polícia Civil prendeu neste domingo (11) um homem suspeito
de participar da série de ataques que deixou sete pessoas mortas na noite de
sexta-feira (9) no Bairro Benfica, em Fortaleza. Com o suspeito, a polícia
apreendeu três armas de fogo, munições e carregadores de pistola.
As sete pessoas foram assassinadas em uma série de ataques
na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, e próximo à sede da Torcida
Uniformizada do Fortaleza (TUF). Dois torcedores seguem internados no Hospital
Instituto Dr. José Frota (IJF).
A Polícia Civil chegou ao suspeito após localizar um
veículo, modelo Fiat Punto, que aparecia nas imagens de câmeras de segurança
próximas à sede da torcida organizada do Fortaleza, onde ocorreu parte dos
assassinatos. O carro estava na garagem de um prédio no Bairro Meireles. A ação
foi realizada por policiais da Divisão de Homicídio, Divisão de Combate ao
Tráfico de Drogas e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas.
Tentativa de fuga
Os policiais realizaram uma busca no apartamento e
encontraram dois revólveres calibre 38, uma pistola .40, munições e
carregadores. O suspeito que estava no imóvel tentou fugir, mas foi detido
pelos policiais.
O homem foi levado à sede da DHPP, no Bairro de Fátima, onde
está preso. Conforme a SSPDS, ele vai responder por homicídio, porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito, resistência, receptação e na Lei das Organizações
Criminosas.
Dentro do automóvel, foram encontrados cartuchos de bala. O
material recolhido foi encaminhado para a Perícia Forense do Ceará (Pefoce),
onde será comparado com o que já havia sido coletado nos locais dos crimes. A
DHPP segue com as investigações em busca de localizar os demais suspeitos.
Ataque à Praça da Gentilândia, em Fortaleza, deixou cinco
pessoas mortas. (Foto: André Teixeira/G1
CE) Ataque à Praça da Gentilândia, em Fortaleza, deixou cinco pessoas
mortas. (Foto: André Teixeira/G1 CE)
Ataque à Praça da Gentilândia, em Fortaleza, deixou cinco
pessoas mortas. (Foto: André Teixeira/G1 CE)
Investigação
Em coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado
(10), o secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, apontou que há
duas hipóteses diferentes para os ataques: enquanto na Praça da Gentilândia a
motivação possa ter sido o tráfico de drogas, na sede da TUF pode ter ligação
com uma briga de torcidas que deixou dois torcedores feridos no fim de semana
anterior.
A polícia trabalha com duas hipóteses diferentes para os
ataques:
No ataque na Praça da Gentilândia, que deixou três mortos,
duas das vítimas vendiam droga no local. Uma delas portava uma pochete com
droga, maconha e crack, e dinheiro, disse o secretário. Este ataque pode ser
motivado por tráfico de drogas.
No tiroteio perto da sede da Torcida Uniformizada do
Fortaleza (TUF), os disparos foram aleatórios. Na fuga, os mesmos criminosos
atiraram contra pessoas que usavam uniforme da torcida organizada na Rua
Joaquim Magalhães. Para a secretaria, pode haver ligação com uma briga de
torcidas que deixou dois torcedores feridos no fim de semana anterior.
Torcida nega rivalidade
Já a direção da TUF negou que os assassinatos no Bairro
Benfica tenha como causa a rivalidade entre as torcidas de times cearenses. A
instituição também lamentou os ataques criminosos e as mortes dos torcedores do
Fortaleza.
A nota da TUF foi publicada na página oficial da torcida em
uma rede social. Na mensagem, é feita referência a Adenilton da Silva Ferreira,
Emilson Bandeira de Melo Júnior, Pedro Braga Barroso Neto e Carlos Victor
Meneses Barros, torcedores do Fortaleza mortos na chacina.
"Seus legados, companheirismo e suas ações em prol
Leões da TUF jamais serão esquecidas", diz a nota.
A torcida organizada agradeceu ainda as manifestações de
solidariedade de grupos rivais, como a Torcida Organizada Cearamor e o
Movimento Organizado Força Independente, que também publicaram nota de pesar
pela chacina.
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