sábado, 4 de novembro de 2017

Para refletir - Valorizando a vida

Conta a lenda que um rico mandarim chinês encheu-se de tédio pela sua  vida faustosa e pelo seu poder sem limites. Nada mais despertava seu  interesse, não sentia prazer por coisa alguma. Seus desejos mal eram  formulados e já estavam realizados. Tinha perdido sua ligação com a vida e
não havia nele a vontade de viver.

Percebeu a insensatez e a inutilidade  de sua existência e temeu ficar louco. Para acabar com o sofrimento, o rico  mandarim ordenou ao seu barbeiro que, num dia qualquer, sem nenhum  aviso, ao fazer-lhe a barba, cortasse-lhe a garganta. Era uma ordem e  tinha de ser obedecida.

Nos primeiros dias, o mandarim se fez barbear com toda tranqüilidade, pois  não esperava que a ordem fosse cumprida de imediato, mas, à medida que  o tempo avançava, começou a se perguntar se o dia seria amanhã.
O mandarim passou então a viver cada dia como se fosse o último. Livre da  obrigação de viver, o rico mandarim se permitia ver como era lindo o  amanhecer, como eram diferentes os tons de verde dos seus campos,  como era alegre o canto dos pássaros e como eram belas as suas cores,  como eram imponentes e cheios de força os rios que cortavam suas  propriedades.

Viu também toda a beleza de uma tormenta, numa exibição  gratuita de energia e violência. Viu também que tinha um corpo e se deu  conta de que, só tendo um corpo capaz de sentir, podia viver a beleza da  vida. Por tudo isso valia a pena viver!

Agora o barbear era uma agonia e, embora tivesse dado uma  contra-ordem ao barbeiro, trocou de barbeiro, por via das dúvidas.


Bom dia!!

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