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Com uma rede de fibra óptica de 3,4 mil quilômetros, que
cobre 116 de seus 184 municípios, o Ceará pretende, até o final de 2016,
estender o Cinturão Digital para mais 26 municípios de várias regiões do
estado. Vão ser investidos R$ 6 milhões, que foram aportados pelo Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), após a aprovação do projeto. A licitação
dos fornecedores de cabo óptico, estações radiobase, switches, torres e rádios
já foi realizada e, neste momento, a empresa prepara os contratos. “Até o final
do ano queremos ter esses 26 municípios conectados”, reforça Adalberto de Paula
Pessoa, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice).
Com a conexão desses municípios, o Ceará praticamente vai
concluir seu Cinturão Digital de fibra óptica. Os 42 municípios que ficarão
faltando para se conectar à rede estadual, que começou a ser construída em
2008, são cidades pequenas que futuramente deverão ser atendidas por meio de
links de rádio.
A construção do Cinturão Digital foi incluída no plano
estratégico do estado para melhorar a qualidade da conexão, então dependente
unicamente das operadoras, e reduzir os custos com telecomunicações, que caíram
em torno de 30%. Mas há uma série de outros ganhos. Adalberto conta que, dos
municípios cobertos pelo Cinturão Digital, 31 implantaram redes próprias ou
contratadas de terceiros para conectar escolas, postos de saúde, praças e
outros pontos públicos. Além disso, o Ceará tem um acordo de cooperação com o Projeto
Cidades Digitais do Ministério das Comunicações, que prevê instalar 28 cidades
digitais no estado. As que já estão com a rede implantada se interligam ao
mundo por meio do backbone da Etice (rede de transporte de dados).
Hub de comunicação
Em função de sua localização privilegiada para a conexão com
outros países e continentes — Caribe e América do Norte, Europa e África —, o
Ceará se transformou em um hub natural. De Fortaleza e imediações saem – ou
chegam – seis cabos submarinos e, recentemente, a Angola Cables anunciou o seu
empreendimento que vai ligar a África ao Brasil. No dia 9 de março, a
Telefónica anunciou o lançamento de mais um cabo submarino, o Brusa, que vai
interligar Rio de Janeiro, Fortaleza, San Juan de Porto Rico e Virginia Beach, nos
Estados Unidos.
Para fortalecer o tráfego desses hub e do Cinturão Digital,
a Etice e a Telebras estudam uma parceria. Segundo Adalberto, o projeto da
Telebras é levar sua rede, a partir de Fortaleza, onde tem parceria com a
Etice, até o Maranhão, passando por Teresina, no Piaui. À Etice interessa o
projeto, pois aumenta o seu tráfego. Diferentemente de outros provedores de
infraestrutura de rede, a Etice cobra de seus clientes por Megabyte trafegado.
Com Etice
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