Menina de 11 anos é raptada e estuprada por detento ao
visitar irmão dentro de presídio no Ceará
Criança estava com a mãe para ajudar a entregar produtos
pessoais para o irmão, quando ocorreu o crime. Preso foi transferido.
Por G1 CE
Uma criança de 11 anos foi raptada e estuprada por um preso
durante o horário de visitas, neste sábado (13), dentro da Casa de Privação
Provisória de Liberdade (CPPL V), no complexo prisional de Itaitinga, na Região
Metropolitana de Fortaleza. De acordo com o Conselho Penitenciário do Estado do
Ceará (Copen), a vítima é irmã de um preso e foi violentada por um outro
detento da unidade.
De acordo com o presidente do Copen, Cláudio Justa, a
criança estava com a mãe para ajudar a entregar produtos pessoais para o irmão,
que está recolhido na unidade prisional. Durante a visita, porém, um dentento
levou a menina para dentro de um compartimento do presídio e estuprou a
criança.
O G1 entrou em contato com a Secretaria da Justiça (Sejus),
responsável pelos presídios do Ceará, e com a Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS), mas, até a publicação a tarde deste domingo não recebeu
um posicionamento sobre o caso.
Sumiço
A mãe da criança notou o sumiço dela e acionou a segurança
da unidade. Agentes penitenciários realizaram buscas, encontraram a criança e
capturaram o suspeito em flagrante. Conforme a polícia, ele já estava preso por
estupro de vulnerável.
Após o crime, a garota foi socorrida e levada para uma
unidade hospitalar. A menina passou por exames médicos e periciais que
comprovaram o abuso.
Já o presidiário foi encaminhado para uma área de isolamento
para evitar que os outros detentos o agredissem em represália ao ocorrido. Ele
ainda deve ser transferido neste domingo (14) para evitar conflitos com outros
detentos. O local, porém, não foi informado ao G1 para evitar represálias
contra o presidiário.
Insegurança na unidade
Cláudio Justa afirmou que o crime demonstra a insegurança no
interior da unidade prisional, que sofre com a superlotação. O presidente do
Copen comentou que não é comum esse tipo de ações contra familiares, já que os
presos têm a visita como "sagrada".
"O que é preocupante é que hoje, em razão da
superlotação, estamos presenciando problemas de acesso de agentes dentro de
onde os presos ficam. Só conseguem ter o pleno acesso à segurança com o
Batalhão de Choque. Mas nos dias de visitas, os próprios presos colaboram. É
uma violência que viola as regras deles mesmos. Não é adotado um plano especial
de segurança, já que é um horário sagrado pra eles. Fugiu da expectativa
total", afirmou.
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