terça-feira, 16 de maio de 2017

Mesma cidade no Ceará tem regiões com fartura de água e outras com estiagem

Por G1 CE
Com distribuição espacial irregular, as percipitações da estação chuvosa de 2017 foram mais abundantes na região norte do estado e menos frequentes no centro e no sul do Ceará. A distribuição irregular causou um fenômeno curioso: na cidade de Tamboril, há fartura em decorrência da abundância das chuvas em uma região e perdas pela falta dela na mesma cidade.
Enquanto que no distrito de Carvalho, em Tamboril, as chuvas de janeiro a maio trouxeram fartura de água para os moradores e boa safra de milho e feijão, no outro extremo da cidade a situação foi oposta: as chuvas foram escassas e as perdas da agricultura chegaram a 90%. Tamboril fica no centro-oeste do Ceará, a 302 quilômetros de Fortaleza.
Uma das prejudicadas pela falta de chuva na região é a dona Maria, agricultora. Nos últimos anos ela viu a produção de frutas e legumes se perder ano após ano. Mesmo assim, não desiste e segue plantando na esperança de chuvas abundantes. Ela conta que esse ano não conseguiu colher quase nada e que água disponível é somente a do carro pipa. A situação é a mesma em quase todas as comunidades do município.
Dia sem chuva
Neste domingo (14), foi o primeiro dia da quadra chuvosa em que não choveu em nenhum município cearense e faltam apenas 15 dias para terminar o período oficial de chuvas no Estado. Segundo a Funceme, maio é, historicamente, o mês com a menor média de precipitações, do período chuvoso que se iniciou em fevereiro.
Atualmente, 94 das 184 cidades do Ceará estão em situação de emergência por conta da seca que já seis anos.
Este ano, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a média de chuva no Estado foi de 578 milímetros, com distribuição espacial bem irregular. Em Paraipaba, no litoral oeste do Ceará, choveu 1.352 milímetros de janeiro até a primeira quinzena de maio. Já em Saboeiro, nos Inhamuns, no mesmo período choveu apenas 101 milímetros.

As chuvas, no período, não foram suficientes para a recarga dos açudes que estão com apenas 12,7% da capacidade total de armazenamento. Dos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 10 estão com a capacidade máxima de armazenamento, 17 estão completamente secos e 38 operando no volume morto.

Fonte: G1CE

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