Conselho Tutelar e Coordenadoria Regional de Desenvolvimento
da Educação (Crede) de Barbalha acompanham o caso.
Por G1 CE
Vinte e oito estudantes de uma escola profissionalizante
estadual do município de Barbalha, Região do Cariri do Ceará, foram suspensos
por um dia por usarem celular dentro da sala de aula. Segundo a aluna do curso
de nutrição da escola, Maria Júlia Coelho e Silva, a suspensão foi uma atitude
abusiva da direção e que a diretora da instituição agiu de maneira ditatorial.
“A diretora chegou com uma autoridade muito grande um abuso
de poder muito grande. Gritando comigo e com a minha amiga. E não perguntou
para mim e minha amiga o real motivo porque estavamos usando o celular. Ela
simplesmente gritou. A gente não revidou. Então fomos guardar o celular”, disse
a aluna.
O Conselho Tutelar e o Coordenadoria Regional de
Desenvolvimento da Educação (Crede) de Barbalha realizaram uma reunião com pais
de alunos e diretores da escola para tratar o assunto.
De acordo com a coordenadora do (Crede), Eliana Estrela,
houve uma reunião entre representações do Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e
foram traçadas soluções para evitar futuros conflitos entre alunos e direção.
“Nesta quinta-feira vamos passar em todas as salas para conversar com os alunos
e fortalecer o laço entre os estudantes, professores e a direção da escola”,
afirmou.
Indisciplina dos estudantes
A diretora da instituição, Sandra Nascimento, disse que a
suspensão aconteceu por causa do comportamento inadequado dos alunos. E que o
regimento interno está no contrato assinado pelos responsáveis dos alunos.
"Foi uma decisão coletiva baseada no comportamento dos
alunos. No regimento escolar, contrato de matrícula existem cláusulas que os
pais assinam que os alunos têm ciência e dentro dessas cláusulas estão o
comportamento deles”.
Conselho Tutelar analisa casos no Liceu de Barbalha
Já o presidente do Conselho Tutelar de Barbalha, José
Irlando de Matos, disse que participou de reuniões com a cúpula da escola e que
o conselho vai investigar as queixas dos estudantes.
“Eles alegam para gente que na escola não existe um diálogo
entre professor e diretor e que tem que ter. Essas questões todas. Houve também
pelo que percebemos muitas coisas desagradáveis lá. Questões sérias. Questões
que não deviram acontecer no recinto tão importanter. Vamos investigar”.
Em relação ao uso do celular na escola a diretora afirmou
que essa prática é proibida e que as alunas não estavam autorizadas a usá-lo
naquele momento. Já sobre a denúncia de constragimento a direção nega que faz
isso. Apenas pede para que os estudantes se dediquem mais as aulas e que o desempemnho
seja equivalente aos demais turmas.
A Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação
(Crede) 19 disse, em nota, que acompanha a escola, com uma escuta a todos que
integram a unidade de ensino, mas ainda não foi possível finalizar esse procedimento.
A escola se organiza a partir do regimento interno construído com
representantes dos diversos segmentos (profissionais, pais e alunos) que fazem
parte da comunidade escolar e todos os aspectos estão sendo observados neste
momento. A Crede adotará todas as providências para que a situação seja
esclarecida.
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