Maior registro de chuva ocorreu na cidade de Beberibe.
Por G1 CE
O Ceará voltou a receber chuvas em pelo menos 50 municípios
após nove dias, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
Hídricos (Funceme). Última vez que o estado havia recebido chuvas em mais de 40
cidades foi no dia 9 de junho.
De acordo com a Funceme nas últimas 24 horas choveu até as
12h20 em 50 cidades do estado. Maior registro de precipitação ocorreu em
Beberibe (Litoral-Leste) com 31 milímetros. Em seguida aparecem Fortim com 27
milímetros e Maracanaú com 26 milímetros.
10 maiores chuvas por posto no dia:
Beberibe (Posto: Lagoa Funda) : 31.0 mm
Fortim (Posto: Fortim) : 27.0 mm
Maracanaú (Posto: Maracanau) : 26.0 mm
Pacajus (Posto: Pacajus) : 26.0 mm
Maranguape (Posto: Tanques) : 25.0 mm
Horizonte (Posto: Horizonte) : 24.5 mm
Deputado Irapuan Pinheiro (Posto: Betania) : 20.0 mm
Pacatuba (Posto: Pacatuba) : 18.8 mm
Itaitinga (Posto: Seman) : 17.3 mm
Cruz (Posto: Cruz) : 17.0 mm
Quadra chuvosa em torno da média
As precipitações da estação chuvosa de 2018 ficaram em torno
da média no Ceará. De acordo com a Funceme, choveu 659 milímetros entre
fevereiro e maio, acréscimo de 9,7% em relação a 2011.
Meses mais chuvosos segundo estudo da Funceme:
Abril: 211,1 milímetros.
Fevereiro: 187,9 milímetros.
Março: 120,8 milímetros.
Maio: 61,5 milímetros.
Regiões mais beneficiadas com as precipitações:
Litoral Norte: 885,3 milímetros.
Litoral de Fortaleza: 780,9 milímetros.
Maciço de Baturité: 705,7 milímetros.
Ibiapaba: 680,2 milímetros.
Região do Cariri: 669,3 milímetros.
Menores médias da quadra chuvosa:
Litoral do Pecém: 633,8 milímetros.
Macrorregião Jaguaribana: 603,8 milímetros.
Sertão Central e Inhamuns: 463,7 milímetros.
Fatores que influenciaram a estação chuvosa
De acordo com a Funceme, o quadro observado reflete, de
certa forma, o prognóstico divulgado em janeiro de 2018, que, indicou maior
probabilidade de precipitações acima da média.
A presença de águas resfriadas no Oceano Pacífico equatorial
entre os meses de fevereiro e abril, o que caracteriza um fenômeno La Niña,
favoreceram a ocorrência de chuvas no Ceará, no primeiro trimestre de 2018.
Também nesse período, foi observada uma predominância de
águas superficiais neutras (nem mais aquecidas e nem mais resfriadas do que a
climatologia) no oceano Atlântico tropical, tanto ao norte quanto ao sul do
equador.
Em maio, o fenômeno La Niña não estava mais configurado, no
Pacífico equatorial, e no Atlântico tropical houve predomínio de águas mais
frias do que a climatologia. Esses padrões contribuíram para afetar o
posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema
indutor de chuvas na região, de forma que proporcionou precipitações, na quadra
huvosa, em torno da normal.
A pós-estação chuvosa
A estação chuvosa no Ceará se encerra oficialmente em maio.
De acordo com a Funceme, no entanto, ainda deve ser observada a ocorrência de
algumas chuvas ao longo do território cearense.
Esses eventos isolados poderão ser provocados por sistemas
conhecidos como Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL), ou ondas de leste,
característicos do período da pós-estação chuvosa.
Porém, convém observar que as normais climatológicas desse
período para o Estado do Ceará são baixas: 37,5 mm e 15,4 mm, em junho e julho,
respectivamente.
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