Dezessete policiais militares que estavam presos acusados de
participação na chacina da Messejana, que resultou em 11 assassinatos em
Fortaleza em 2015, deixaram nesta quinta-feira (1º) as celas onde estavam
detidos preventivamente. No total, 44 policiais foram presos. A Justiça decidiu
que 33 policiais vão a júri popular. Durante a fase de depoimento das
testemunhas, não foram apontadas provas contra 11 deles.
De acordo com a Justiça, os policiais estavam mantidos
presos para evitar intimidação dos familiares das vítimas e de sobreviventes ou
tentativa de atrapalhar as investigações durante a etapa em que as autoridades
ouviam os depoimentos.
Os acusados serão julgados pelos crimes de homicídio por
omissão imprópria (em relação a 11 vítimas mortas) e tentativa de homicídio por
omissão imprópria (em relação às três vítimas sobreviventes). Os acusados,
deverão também responder por tortura física em relação a outras três vítimas e
tortura psicológica em relação a uma.
Onze homicídios
A chacina se refere aos assassinatos ocorridos em novembro
de 2015, no bairro Messejana, em Fortaleza. Ao todo, 11 pessoas foram mortas e
sete vítimas de crimes distintos. A denúncia foi oferecida pelo MPCE contra 45
policiais militares. Logo que o edital de formação do Colegiado foi publicado,
a denúncia foi recebida em relação a 44 deles e em seguida decretada a prisão
preventiva dos envolvidos.
Considerada a maior da história do Ceará, a chamada chacina
de Messejana teria sido uma vingança pela morte do soldado da Polícia Militar
Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma
tentativa de assalto. Os homicídios foram registrados em um intervalo de
aproximadamente quatro horas, em ruas dos bairros Curió, Alagadiço Novo e São
Miguel, na Grande Messejana.
fONTE: http://g1.globo.com/ceara/
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