Os dois foram assassinados em fevereiro deste ano e os
corpos foram encontrados em uma reserva indígena em Aquiraz, na Grande
Fortaleza.
Por G1 CE
Dez acusados de participar das mortes dos chefes da facção
criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Fabiano Alves de Souza, o Paca, e
Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, em fevereiro deste ano, em
Aquiraz, na Grande Fortaleza, viraram réus no processo penal sobre os
assassinatos. Sete deles foram acusados de homicídio duplamente qualificado.
Outro acusado, Wagner Ferreira da Silva - o Waguinho ou
Cabelo Duro - apontado como um dos executores do crime, foi assassinado em São
Paulo uma semana depois da mortes de Gegê do Mangue e Paca. A Justiça
determinou a prisão de todos os 10 acusados.
Helicóptero usado na execução de Gegê do Mangue foi achado
em Fernandópolis (SP) (Foto: Divulgação) Helicóptero usado na execução de Gegê
do Mangue foi achado em Fernandópolis (SP) (Foto: Divulgação)
Helicóptero usado na execução de Gegê do Mangue foi achado
em Fernandópolis (SP) (Foto: Divulgação)
Os corpos de Gegê do Mangue e de Paca foram encontrados por
um índio em uma reserva indígena em Aquiraz na Grande Fortaleza. Eles foram
assassinados no dia anterior. Gegê do Mangue era considerado pelo Ministério
Público de São Paulo um dos principais chefes do PCC. Havia a suspeita de que
ele estivesse controlando o tráfico de drogas no Paraguai.
Denúncia
A denúncia por homicídio duplamente qualificado foi
oferecida pelo Ministério Público do Ceará e aceita pela Justiça. Os acusados
são: Gilberto Aparecido dos Santos (Fuminho), André Luis da Costa Lopes (Andrezinho
da Baixada), Erick Machado Santos, (Neguinho Rick da Baixada), Ronaldo Pereira
Costa, Carlenilto Pereira Maltas (Ceará), Tiago Lourenço de Sá de Lima e Renato
Oliveira Mota.
Ao analisar a denúncia, o colegiado de juízes da comarca de
Aquiraz discordou do não oferecimento de denúncia contra os acusados Felipe
Ramos Morais, piloto do helicóptero, Jefte Ferreira Santos e Maria Jussara da
Conceição Ferreira pelos crimes de homicídio. Por isso, determinou a remessa do
processo ao procurador-geral de Justiça para que a questão seja analisada
novamente.
“A nosso ver, o arquivamento indireto em relação aos
indiciados Felipe Ramos Morais, Jefte Ferreira Santos e Maria Jussara da
Conceição Ferreira Santos dos crimes de sangue se apresenta prematuro, eis que
os dados reunidos no inquérito policial não seriam suficientes para
concluir-se, de forma segura, que os indiciados não teriam concorrido de
qualquer forma nos homicídios que ceifaram a vida das vítimas”, destacaram os
juízes.
Gegê do Mangue e Paca
Os dois eram foragidos da Justiça de São Paulo e chefes da
facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles foram mortos com tiro
no rosto e facada no olho. A suspeita da polícia é de que Gegê do Mangue
estivesse controlando o tráfico de drogas no Paraguai.
Em abril de 2017, o promotor Rogério Leão Zagallo, do
Ministério Público de São Paulo, disse ao G1 que “a última informação recebida
pela Polícia Federal é da suspeita de que Gegê esteja no Paraguai desde que ele
fugiu”. No mesmo mês ele havia sido condenado a 47 anos, 7 meses e 15 dias de
prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de
quadrilha armada.
Gegê do Mangue foi liberado antes de seu julgamento após a
Justiça entender que houve excesso de prazo para ele ser julgado. Após a sua
liberação, ele não se apresentou mais às autoridades e faltou ao próprio
julgamento.
Ele não foi localizado por ter mentido sobre os endereços
que poderia estar e passou a ser considerado foragido da Justiça. Sua prisão
preventiva chegou a ser decretada. Na página da Polícia Civil de São Paulo Gegê
do Mangue era listado como um dos 32 criminosos mais procurados do estado.
O dinheiro e os bens de Gegê do Mangue e de Paca foram
bloqueados pela Justiça. São mansões em condomínios de luxo, casas de praia,
talheres banhados a ouro e carros importados. Uma fortuna avaliada em mais de
R$ 12 milhões.
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