Pessoas que tiveram contato com o menino deverão tomar um
antibiótico para evitar que a doença se prolifere.
Por Itallo Rocha, G1 CE
Uma criança de cinco anos de idade morreu na sexta-feira
(1°) em Fortaleza após ter contraído meningite, doença causada por uma infecção
que pode evoluir rapidamente, implicando em altas taxas de letalidade em quem
foi contagiado. As pessoas que tiveram contato com o menino deverão tomar um
antibiótico para evitar que a doença se prolifere, informou a Secretaria
Municipal da Saúde (SMS).
O caso ocorre uma semana após a morte do neto do
ex-presidente Lula, Arthur Lula da Silva, com meningite meningocócica, aos sete
anos. A SMS não soube informar se a meningite que vitimou a criança em
Fortaleza também é do tipo meningocócica.
O processo é chamado de quimioprofilaxia e deve ser iniciado
o mais rápido possível, já que há facilidade para que ela se evolua, quanto
mais nos primeiros cinco dias após a pessoa ter sido infectada. A prevenção,
contudo, não garante imunidade total.
É necessário ficar atento em relação aos sintomas, pois o
retardo no início do tratamento implica em uma taxa de letalidade maior. Em
situações epidêmicas, a meningite pode atingir pessoas de qualquer faixa
etária, principalmente as não vacinadas.
Altos graus de febre, vômitos, dores na cabeça e no pescoço
são alguns dos sintomas de uma pessoa que está com doença meningocócica (DM)
pode apresentar. Mal-estar, rigidez na região da nuca e manchas roxas na pele
são outros indicativos. A vacinação, conforme a Secretaria da Saúde do Estado
do Ceará (Sesa), está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
401 casos em 2018
Em 2018, o estado registrou 401 confirmações de DM, sendo
que 37 resultaram em mortes. Classificando por etiologia, as meningites não
especificadas somaram 48,1% dos casos, de acordo com a Sesa. As virais
contabilizaram 26,7% das ocorrências, já as bacterianas - conhecidas por serem
as formas mais graves - somaram 19,5%.
Nos últimos nove anos, foram confirmados 3.405 casos de
meningites no Ceará. Jovens e adultos entre 20 e 39 anos estão na faixa etária
mais acometida pela doença no período, representando 28,3% dos casos. Em
seguida vêm as pessoas entre 40 e 59 anos, que contabilizam 18,1% das
ocorrências.
Por terem o sistema imunológico ainda em formação, as
crianças se tornam mais suscetíveis ao adoecimento, assim como os adolescentes,
fazendo necessário que eles sejam prioritariamente imunizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário